sábado, 26 de fevereiro de 2011

Grandes Autores: Tomás Antonio Gonzaga


Chile, ou seria Minas?
Com certeza o segundo! É a sátira de um poeta/jurista aparentemente valente e totalmente apaixonado. Exagero talvez, mas o fato é que a história tende a apontar TOMÁS ANTONIO GONZAGA como escritor deste texto de gênero epistolar.
Para comentar sobre o livro, devemos remontar a história da época: a BIOGRAFIA do autor e a CONJURAÇÃO MINEIRA.
É certo que o autor nasceu em 1744, e com a morte da mãe portuguesa, mudou para Pernambuco com o pai brasileiro. Depois foi para a Bahia, estudou na escola de jesuítas, indo mais tarde para Lisboa estudar Direito.
De volta em 82, vira juiz de Vila Rica(OURO PRETO). Portanto, vive o período conturbado entre colônia e colonizado, e o episódio marcado como DEMANDA,em 85. Nesse tempo o governador de Minas era ainda o sr.Luís da Cunha Menezes. Este, sob o pseudônimo Minésio Fanfarrão, é o protagonista da sátira de CARTAS CHILENAS. Um livro de denúncia da corrupção do governo deste, lançado entre 87 e 88. Alguns pseudônimos foram adotados no livro, a entender principalmente:
Portugal=Espanha; Minas=Chile; Vila Rica=Santiago; Menezes=Fanfarrão; Gonzaga=Critilo
Agora, sobre a demanda, esta foi decretada pela coroa portuguesa a fim de elevar a taxação compulsória de ouro que a capitania deveria entregar àquela. A medida foi ultrapassada em 1500 kg. Isso revoltou ruralistas, intelectuais e militares da capitania, fazendo-os conspirar. Dessa conspiração participaram célebres figuras, e dentre elas o poeta e jurista GONZAGA. A manifestação ficou conhecida como CONJURAÇÃO MINEIRA, mas fracassou.
Inspirados nos modelos iluministas, e sob o estandarte do dístico apontado como sendo de Virgílio, "LIBERDADE AINDA QUE TARDIA", o movimento acabou em 89, por denúncias. Todos negaram o crime de conspiração, chamado de "lesa-majestade", menos um, o chamado "TIRADENTES".
Gonzaga e Tiradentes são enviados para a Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Aquele é absolvido de morte, por intermédio da rainha D.Maria I, mas não este. Assim, o governo do Visconde de Barbacena contém a revolução, mas nunca apagará seu estandarte.
Logo, Gonzaga é mandado para Moçambique, para o degredo, e lá, ainda se casa com Juliana Mascarenhas, tem filhos, lança mais poesias, e em 1810 falece.
Enfim, história e literatura: nunca vai faltar o que contar! é o Brasilllllll!!!!

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