sábado, 26 de fevereiro de 2011

Abordagem sobre Bechara: professor e gramática

Boa noite! Postando mais algumas anotações sobre gramática: Evanildo Bechara sobre períodos, orações, coordenação e subordinação.
Mas antes, um trecho de uma entrevista do mesmo:
VM – Na sua opinião, no Brasil de hoje, vale a pena ser professor?
EB – Ser professor vale a pena em todos os momentos de uma sociedade. Só lamentamos é que a sociedade e os seus representantes nas posições de comando não tenham tentado executar uma política de educação que estimule a colaboração de mais jovens, preparados e estimulados ao exercício do magistério. Todavia, a sociedade caminha por uma trilha tão perigosa hoje em dia que a pouco e pouco se vai convencendo de que só pela educação, no sentido amplo da palavra, encontrará uma saída honrosa e um futuro promissor.
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Espero que sirva para a turma estudante de Letras ou outros.
Abraço!
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Período: 1) simples: “Encerra uma declaração” – Ex.: Ontem fomo ao cinema.
2) composto: “Encerra duas ou mais orações” – Ex.: Ontem fomos ao cinema, mas hoje apresentamos todos os deveres de casa.
Orações: “se caracterizam pelo seu sentido ou pela sua forma.” O sentido, aqui, depende de sentido completo, enquanto forma corresponde à oração dividida em “sujeito x predicado” (grifo meu).
Ex.: Começaram a aulas (1 oração)
Desejo que as aulas comecem (2 orações)
“se Desejo não tem sentido completo, apresenta sujeito e predicado”.
Orações independentes e dependentes.
As independentes são as de sentido completo. Ex.: Saímos cedo e voltamos na hora marcada.
As dependentes são as estruturadas pela forma. Ex.: Espero que sejas feliz.
Sintaticamente, “Independente é a oração que não exerce a função sintática de outra a que se liga” e “Dependente é a oração que exerce a função sintática de outra a que se liga e vale por um termo sintático que tem como núcleo um substantivo, adjetivo ou advérbio”.
Classificação das orações quanto à ligação: conectivas e justapostas.
Conectivas são as que se “prendem” às anteriores por certas palavras que indicam ligação, ou seja, as conjunções e os pronomes relativos.
Ex.: “As flores e as mulheres enfeitam e guarnecem a terra” (Marquês de Maricá).
“A experiência que não dói pouco aproveita” (id.)
As conjunções (coordenativas ou subordinativas) podem passar expressivas ideias de: 1) simplicidade, 2) ênfase ou 3) correlação. Vejamos:
1) Conjunção coordenativa:“Estuda ou brincas”.
2) Idem, mas enfaticamente:“Ou estuda ou brincas”.
3) Oração subordinada adverbial: “Ele é tão inteligente quanto o pai”.
Tipos de orações independentes: coordenadas e intercaladas.
Coordenadas: “(…) série sintaticamente equivalente ligadas por conjunção coordenativa ou mera justaposição (coordenadas assindéticas)¹”.
Intercaladas: “são aquelas que, não pertencendo propriamente a sequência lógica das orações do período, aí aparecem como elemento adicional que o falante julga ser esclarecedor”.
Tipos de orações dependentes: subordinadas.
Sempre exerce uma função sintática de uma oração principal.
Substantivas
São estas: subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, apositivas, completivas nominais e predicativas.
Conectivas e justapostas
A primeira vem ligada por conjunção. A segunda, as justapostas.
Obs.: Aí aparecem as conjunções integrantes, estas ligadas à oração principal. São: que (nas declarações de certeza) e se (nas de incerteza). Há casos específicos de as conjunções gerarem casos pleonásticos ou se omitirem. Veja as exemplificações, respectivamente:
“O meu amor me disse ontem que eu que andava coradinha” (Mil Trovas, ed. A. de Campos e A. de Oliveira) ou
“Antes Deus quer que se perdoe um mau, que (quer que) um bom padeça” (Antonio Ferreira)
Adjetivas
“Podem ser restritivas ou explicativas conforme sua missão no período”.
Subordinação concorrente: oração equipolente. Subordinação decorrente: mais de uma oração principal.

Gramático
Cadeira na ABL

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