sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Édipo Rei e comentários



O Rei Laio, de Tebas, refugiou-se na terra de Élida, do rei Pélope,e lá se apaixonou pelo seu filho, Crisipo. Logo fugiram do reino e quando o rei ficou a saber, lançou uma maldição em Laio. Crisipo tira sua própria vida. Laio retorna à Tebas e contrai matrimônia com a bela Jocasta. Quando ela engravida, Laio resolve ir ao oráculo de Delfos, de Apolo, e lá descobre que seria morto por um filho e este ainda desposaria sua mãe, Jocasta.
Laio aguarda o nascimento do filho e resolve dá-lo a um pastor para que pudesse matá-lo. Este, por sua vez, entrega-o a um amigo, que acaba levando o bebê até a presença de Políbio, rei de Corinto. Édipo, o filho de Laio, acaba sendo criado por Políbio como sendo seu filho.

Certo dia, já crescido, Édipo ouve da boca de um bêbado que não era filho de Políbio. Depois ele vai até o oráculo, que o diz o mesmo destino que teria: o de cometer um parricídio e incesto (matar o pai e casar-se com a mãe). Temendo este destino, ele parte de Corinto.
Já muito longe, ele encontra na estrada um cocheiro e seu amo. Depois de uma briga, eles são mortos por Édipo. Após isso, Édipo chega em Tebas e se depara com o caos na cidade: a presença da Esfinge, meio mulher e meio leão. Para salvar o povo da destruição, ela o propõe um enigma: "Qual a criatura que de dia anda de 4 pernas, de tarde de 2 e de noite de 3? ao passo que Édipo respondeu que era o homem e acertou, pois de dia seria como criança que engatinha, de tarde como adulto e de noite como velho e um bastão para apoiar.
Édipo derrota a esfinge e torna-se o rei de Tebas, além de casar-se com Jocasta. Eles acabam tendo 4 filhos: Eteócles, Polinice, Ismênia e Antígona. Édipo empreende uma caçada ao assassino do bondoso Laio, e descobre, através do mesmo oráculo que ele mesmo foi o assassino e que a maldição se concretizou.

Ele fica desolado, perde o status de herói e sai em busca da purificação. Fura os próprios olhos e vê a morte de Jocasta. Viveria a dor eternamente.


Comentários:
Sófocles (497?) foi certamente dos melhores tragediógrafos até hoje. Apesar do gênero tragédia nos soar mais familiar na vida real, decorrente de desastres naturais (como em Teresópolis recentemente), a tragédia ainda hoje é um grande gênero e dos mais empolgantes na Literatura.
Gênero que virou popular das festas, somados aos ditirambos ( canto de coral dedicado à arte dionisíaca) e ao teatro, a tragédia propõe além de uma narrativa de final terrivelmente infeliz, uma estrutura fechada e bem definida, além de elementos adicionais. Observe:

1) Na encenação, a presença do coro (teatro - ditirambo);
2) Prólogo (início), pároclo (1ª intervenção do coro), 5 episódios (narrativa),  estásimos (novamente o coro) e êxodo (final);
3) Além do final triste, entre os personagens deveria haver deuses, reis ou heróis.

Viva o gênero!


Πίστις, ἐλπίς, ἀγάπη
Pistis, elpis, agapē
“Fé, esperança, (e) amor.” (Coríntios, 13:13.)








2 comentários:

  1. Que linda historia, apesar de terminar triste...
    eu gostei mt =)
    by: Christyane

    ResponderExcluir
  2. Realmente, E olha, ainda tem muito mais. Na verdade esta história compõe-se de uma trilogia. Tanto Édipo como sua filha, Antígona têm destinos terríveis.

    ResponderExcluir