segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O Bonito e o feio

Bom dia! Mais uma postagem de humor com o NNF (Nós na Fita). Eles são realmente hilários. Em pauta, aspectos da linguagem como tautologia (pleonasmo) e linguagem formal. Assista:




sábado, 26 de fevereiro de 2011

A onomástica (do grego antigo ὀνομαστική, ato de nomear, dar nome) é o estudo dos nomes próprios de todos os gêneros, das suas origens e dos processos de denominação no âmbito de uma ou mais línguas ou dialectos. Nascida na metade do século XIX, a onomástica é considerada uma parte da linguística, com fortes ligações com a história e geografia. (Fonte: wikipédia).

Eis agora um dicionário para que possa consultar a origem de teu nome, e em seguida, para rirmos um pouco, segue uma lista de nomes horrorosos. (Agradecimentos a "http://algunsnomesestranhos.blogspot.com/", "http://bacaninha.uol.com.br/home/mensagens/engracadas/2003/03/nomes_estranhos/nomes_estranhos.html" e "http://recantodasletras.uol.com.br/humor/122617").


                                                                                        Lista de nomes ridículos:

documentada registrada da silva
assumida prometida de souza
maria bastarda dequem
maria enrolada dequal
aparecida donada
maria da delícia dazona
juvenalda datia gulosa
abelarda datóba roxa
orelhuda vesguinha marcondes
Abrilina Décima Nona Caçapavana Piratininga de Almeida
Acheropita Papazone
Adalgamir Marge
Adegesto Pataca
Adoração Arabites
Aeronauta Barata
Agrícola Beterraba Areia
Agrícola da Terra Fonseca
Alce Barbuda
Aldegunda Carames More
Aleluia Sarango
Alfredo Prazeirozo Texugueiro
Alma de Vera
Amado Amoroso
Amável Pinto
Deus É Infinitamente Misericordioso
Deusarina Venus de Milo
Dezêncio Feverêncio de Oitenta e Cinco
Dignatario da Ordem Imperial do Cruzeiro
Dilke de La Roque Pinho
Disney Chaplin Milhomem de Souza
Esparadrapo Clemente de Sá
Espere em Deus Mateus
Estácio Ponta Fina Amolador
Éter Sulfúrico Amazonino Rios (socorro...)
Último Vaqueiro
Um Dois Três de Oliveira Quatro
Um Mesmo de Almeida
Universo Cândido
Valdir Tirado Grosso
Veneza Americana do Recife
Vicente Mais ou Menos de Souza
Vitória Carne e Osso
Vitimado José de Araújo
Vitor Hugo Tocagaita
Vivelinda Cabrita
Voltaire Rebelado de França
Wanslívia Heitor de Paula
Zélia Tocafundo Pinto
jacareana dos lagartos perereca tobias
joana dabanda
felicia sorridentes feliciana
coagida caneta
esperanta gicletes farfalheiras
cárnia acacaueiras
serralha rateada jó
Maria Passa Cantando,
Maria Privada de Jesus,
Maria Tributina Prostituta Cataerva,
Mário de Seu Pereira,
Matozóide,
Meirelaz Assunção,
Mijardina Pinto, 


Este outro site aqui me pareceu com uma fonte bem confiável, prefiro que cliquem e confiram mais nomes lá: 


Por fim, nomes no programa do Jô.

Pérolas - parte I

Olha que se não estudar é perigoso acontecer isso...




Análise do poema: Momento num Café

"Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes na vida.
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é agitação feroz e sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta."
Neste poema, Bandeira retrata uma típica cena cotidiana. Como era de praxe na poesia modernista, Bandeira mostra que a poesia pode surgir a qualquer momento, sendo concebida nos momentos mais simples do cotidiano. A beleza se esconde nos fatos mais banais, a ternura está nas coisas mais simples. Por sua constante proximidade com a morte. Manuel Bandeira observa este cotidiano como uma coisa querida e distante.

Leitura: Memórias de Um Sargento de Milícias


Memórias de um sargento de milícias é um romance de Manuel Antônio de Almeida. Foi publicado originalmente em folhetins no Correio Mercantil do Rio de Janeiro, entre 1852 e 1853, anonimamente. O livro foi publicado em 1854 e no lugar do autor constava "um brasileiro".
Este brasileiro, Manuel Antonio de Almeida, jornalista brilhante e de origem humilde é um dos grandes autores da Literatura, apesar de ter obra única.
Seu estilo, que incluia o uso de ironias, coloquialismo e suspense narrativo, deram ao livro uma simples e ótima narrativa, além de quebrar tabus em sua época, ao falar da classe média e baixa, deixando de falar do ambiente aristocrático.
Quanto à estrutura,a narrativa se desenrola predominantemente em 3ª pessoa, mas há também registro de 1ª pessoa. O narrador acompanha a história de longe, não participa, mas por vezes é onisciente, e conhece ou insiniua o sentimento de algum personagem, como o sentimento de Luisinha por Leonardinho, por exemplo.
Vale, além, lembrar que o romance, que hoje se enquadra no "hall" dos romances clássicos (de final feliz), foi uma quebra de padrão da época romântica, em que o pessimismo reinava, e os finais eram sempre tristes. Provavelmente isso se deve ao mercado editorial da época, que visava, através dos folhetins, recolher um público-alvo feminino e "aburguesado".
Fato é que a história do jovem Leonardo, sargento de Milícias, caiu no gosto popular da época, e ainda hoje, é muito interessante a agradável, após lidas algumas páginas de um comportamento extremamente irreverente, que mostra, de certa maneira, a malandragem de um carioca sem "ofício nem benefício".
Para mais:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3rias_de_um_Sargento_de_Mil%C3%ADcias

Resumão de Orações


Bom dia amigos! Vamos ver agora um super-resumo de orações.
Período abrange uma ou várias orações (simples e composto, respectivamente).
Note os períodos compostos por coordenação e subordinação.
Coordenação: Quando as orações são independentes uma da outra.
Podem ser sindéticas (acompanhadas de conjunção) ou assindéticas (sem conjunção).
Subordinação: Quando há uma ou mais orações que dependem de uma outra principal.
Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais, totalizando 17 casos.
Substantivas - São 6: Subjetivas (suj.), objetivas diretas (O.D.), objetivas indiretas (O.I.), completivas nominais (C.N.), predicativas (pred.) e apositivas (ap.).
*Obs.: A última vem precedida de dois pontos (:); quando assim não vier, lembre-se de que ela é oração substantiva, e não pode ser substituída, portanto, por adjetivo.
Adjetivas - São 2: Restritivas (equivale a adjetivo restritivo) e explicativas (equivale a adjetivo explicativo.)
*Obs.: Diferencia-se da oração substantiva apositiva, pois podemos substituir por adjetivo.
Adverbiais - São 9 (Lembrar[6C,PT,F]): Causal (pois, visto que, porque, etc), Consecutiva ([tão,tanto, tamanho]...que), Comparativa ([mais,menos,tanto]...que, quanto,como, Concessiva (se bem que, ainda que, mesmo se, embora, etc.), Conformativa (como, conforme, segundo), Condicional (desde que, a menos que, etc.), Proporcional (à medida que, tanto mais, etc.), Temporal (quando, assim que, logo que, etc.) e Final (para que, para, porque, etc.)
Então: 6 substantivas (comparadas à análise sintática), 2 adjetivas (são como adjetivos) e 9 adverbiais (são como advérbios)
Por fim, adicionaremos mais uma oração: a intercalada. Esta é isolada das outras e serve como explicação ou ressalva. (Normalmente vem entre travessão)
Espero que gostem!!!
Vamos estudar, olha a globalização, aí, gente!!!
Abraços e boa semana.

As perguntas da Análise Sintática


Bom dia!!!!
Resumo de Análise sintática: as perguntas para acharmos os termos analisados.
Na análise das funções sintáticas, encontramos os termos integrantes essenciais: sujeito e predicado, e os termos acessórios: complemento (verbal[objetos direto e indireto] e nominal), adjuntos (adnominal e adverbial), além de predicativo.
................................Perguntas.....................................
1) O quê (quem) + verbo ? = SUJEITO
Ex.: José correu.
2) Verbo + o quê (quem) ? = OBJETO DIRETO
Ex.: José quebrou a perna.
3) Verbo + prep. + o quê (quem) ? = OBJETO INDIRETO
Ex.: José gosta de Maria.
4) Nome + prep. + o quê (quem) ? = COMPLEMENTO NOMINAL
Ex.: José tinha necessidade de corrida.
5) Verbo de ligação + o quê (ou como, quando, onde) ? = PREDICATIVO DO SUJEITO
Ex.: José continuava forte/hoje/perto.
6) Qual + nome ? = ADJUNTO ADNOMINAL
Ex.: José reprovava a atitude.
7) Verbo + como, quando ou onde ? = ADJUNTO ADVERBIAL
Ex.: José morava longe.
Por enquanto é só.
Abraço! Boa semana!
P.s.: Nem tudo que vc acha certo realmente é. Veja a figura de novo e corrija o erro, caso não o tenha visto...

Voz Passiva: termo agente e paciente


A construção da voz passiva é muito simples e se dá da seguinte forma:
Sujeito (tem que ser PACIENTE*)+ Verbo de voz passiva + objeto direto (tem que ser AGENTE**)
*Sofre a ação verbal
**pratica a ação verbal
Ex.: Marcos ouviu um barulho (VOZ ATIVA, ou seja, sujeito, MARCOS, é AGENTE)[Quem ouviu?]
por
Ex.:Um barulho foi ouvido por Marcos. (VOZ PASSIVA, ou seja, sujeito, que era objeto direto na ATIVA, UM BARULHO, é agente)[O quê foi ouvido?]
Usamos pergunta de sujeito e invertemos a posição (sujeito passa a objeto e vice-versa).
Há dois modos de contrução de voz passiva:
1) Voz Passiva analítica: marcado por locução verbal (verbo auxiliar + principal).
Ex.: Marcos tinha ouvido um barulho.
2) Voz passiva sintética:marcado por verbo na 3ª pessoa(singular ou plural) + partícula apassivadora "se".
Ex.: Ouviu-se um barulho. (sing.)
Ouviram-se uns barulhos (plural)
Obs.: Só podemos construir voz passiva com verbos transitivos diretos, e no caso da passiva sintética, o verbo SEMPRE concorda com seu sujeito (diferente de sujeito indeterminado).
Um abraço e boa semana!

Os termos conectores e transpositores


São conjunções integrantes como o "que", "se" e "como", postas em orações subordinadas( portanto, também chamadas conjunções subordinativas).
Ex.: "Esperamos que todos venham ao baile". (in Bechara, Evanildo, p. 323)
São diferentes de grupos oracionais (conjunções coordenativas) e geram as locuções conjuntivas.
Ex.: "Tudo sairá bem desde que as providências sejam tomadas a tempo". (id., p.324)
Na locução conjuntiva é sempre o primeiro termo que introduz a ideia, ou o valor semântico do elo entre as orações. (como-modo, quando-tempo, onde-lugar, desde-concessão, etc). Já o segundo será o termo de ligação, a conjunção integrante em si.
Quanto significado expandido, devemos atentar aos termos e suas ideias. Celso Cunha, Evanildo Bechara e Adriano Gama Kury postulam no capítulo sobre conjunções (subordinativas). Este último sugere que cada frase tem seu significado. Devemos reconhecer a conjunção e a ideia certa, com o recurso da substituição, em caso de dúvida.
Como exemplo, mostraremos uma questão da PUC(2008):
4. Observe o trecho
O fino suporte de madeira sobre o qual o retrato
foi pintado sofreu uma deformação desde que
especialistas em conservação examinaram a
pintura pela última vez...
Nele, o elemento coesivo “desde que”, mais do
que ligar duas orações, estabelece uma relação
de sentido entre elas. Dentre as alternativas
abaixo, assinale aquela que indica a relação de
sentido estabelecida pelo “desde que” no
referido trecho.
A) condição
B) causa
C) concessão
D) proporção
E) tempo
Pois bem, no gabarito está marcado a alternativa D) (proporção).
Mas, em consultas à gramáticas e sites, as únicas formas que encontrei foram:
à medida que, ao passo que (Em Bechara), à proporção que (Terra), quanto mais, quanto menos, tanto mais e tanto menos.
Portanto, não achei "DESDE QUE" como denotando relação de proporção.
Apesar de ser uma questão aparentemente gramatical, coloquei esta questão aqui em pauta, justamente por este tipo de oração estar relacionada a elementos de coesão, e acho também se tratar de uma questão semântica.
A partir das substituições feitas, temos duas situações:
1) A relação de sentido de temporalidade é evidente, como se percebe se fizermos uma inversão:
- Desde que/A partir do momento que especialistas em conservação examinaram a pintura pela última vez, o fino suporte de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação...
2) A relação de proporcionalidade existiria também, admitindo-se que a locução "desde que" tenha também sentido proporcional, ou seja, inicie uma "oração subordinada em que é mencionado um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal", de acordo com Celso Cunha.
- Desde que/À medida que/À proporção que especialistas em conservação examinaram a pintura pela última vez, o fino suporte de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação...
.
Entretanto, este segundo caso é uma ampliação, de natureza semântica, do sentido tradicional da locução "desde que", associada a noções de tempo, espaço e condição. Não sei se, do ponto de vista "gramatical", ela seria aceitável. Em caso positivo, a questão resultaria inconsistente com o enunciado, pois há duas possibilidades assinaláveis, e não uma, como é informado.
Assunto postado, com considerações de Marcela a comunidade do orkut, Linguística:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=674073&tid=5325146602456130113&na=4
Boa semana!!!
Espero que gostem!

Processo de formação das palavras: pesquisa rápida

Oi Galera!
Vai agora rápido dicas para processo de formação das palavras:
São dois processos: DERIVAÇÃO & COMPOSIÇÃO
O primeiro deriva palavras a partir de uma única, enquanto na segunda, estamos falando de duas palavras juntas. Observe as classificações de cada processo e os exemplos.
DERIVAÇÃO:(maísculas são os morfemas)
1) Prefixal ..........> INfeliz
2) Sufixal............> FelizMENTE
3) Prefixal e sufixal...> INfelizMENTE
4) Parassintética.......> REpatriADO
5) Regressiva (muda a classe e perde)........> Lutar (verbo) , Luta (substantivo)
6) Imprópria (muda classe sem perder nada) ........> O alvorecer da madrugada...
Então se liga!!!.......> Imprópria vence a regressiva, que PERDE. (ajuda a memorizar)
COMPOSIÇÃO:
1)Justaposição (é JUSTO!!!ou seja, sem tirar nem por)........> passatempo/couve-flor
2) Aglutinação (tudo junto e misturado [Deus, isso é Latino!!!])....> planalto (plano+alto).
Bem...por hoje é só. boa semana!

Grandes Autores: Tomás Antonio Gonzaga


Chile, ou seria Minas?
Com certeza o segundo! É a sátira de um poeta/jurista aparentemente valente e totalmente apaixonado. Exagero talvez, mas o fato é que a história tende a apontar TOMÁS ANTONIO GONZAGA como escritor deste texto de gênero epistolar.
Para comentar sobre o livro, devemos remontar a história da época: a BIOGRAFIA do autor e a CONJURAÇÃO MINEIRA.
É certo que o autor nasceu em 1744, e com a morte da mãe portuguesa, mudou para Pernambuco com o pai brasileiro. Depois foi para a Bahia, estudou na escola de jesuítas, indo mais tarde para Lisboa estudar Direito.
De volta em 82, vira juiz de Vila Rica(OURO PRETO). Portanto, vive o período conturbado entre colônia e colonizado, e o episódio marcado como DEMANDA,em 85. Nesse tempo o governador de Minas era ainda o sr.Luís da Cunha Menezes. Este, sob o pseudônimo Minésio Fanfarrão, é o protagonista da sátira de CARTAS CHILENAS. Um livro de denúncia da corrupção do governo deste, lançado entre 87 e 88. Alguns pseudônimos foram adotados no livro, a entender principalmente:
Portugal=Espanha; Minas=Chile; Vila Rica=Santiago; Menezes=Fanfarrão; Gonzaga=Critilo
Agora, sobre a demanda, esta foi decretada pela coroa portuguesa a fim de elevar a taxação compulsória de ouro que a capitania deveria entregar àquela. A medida foi ultrapassada em 1500 kg. Isso revoltou ruralistas, intelectuais e militares da capitania, fazendo-os conspirar. Dessa conspiração participaram célebres figuras, e dentre elas o poeta e jurista GONZAGA. A manifestação ficou conhecida como CONJURAÇÃO MINEIRA, mas fracassou.
Inspirados nos modelos iluministas, e sob o estandarte do dístico apontado como sendo de Virgílio, "LIBERDADE AINDA QUE TARDIA", o movimento acabou em 89, por denúncias. Todos negaram o crime de conspiração, chamado de "lesa-majestade", menos um, o chamado "TIRADENTES".
Gonzaga e Tiradentes são enviados para a Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Aquele é absolvido de morte, por intermédio da rainha D.Maria I, mas não este. Assim, o governo do Visconde de Barbacena contém a revolução, mas nunca apagará seu estandarte.
Logo, Gonzaga é mandado para Moçambique, para o degredo, e lá, ainda se casa com Juliana Mascarenhas, tem filhos, lança mais poesias, e em 1810 falece.
Enfim, história e literatura: nunca vai faltar o que contar! é o Brasilllllll!!!!

Grandes Autores: Gregório de Matos Guerra

A vós buscando vou!
Gregório de Matos Guerra foi uma figura muito polêmica, e viveu o drama barroco. O homem barroco vivia a filosofia maniqueísta de céu x inferno, alma x carne, luz x sombra...
Convém falarmos da vida de Gregório de Matos. Nasceu em Salvador à 23 de dezembro de 1636 e seguiu estudos mais tarde para cânone, formando-se com 27 anos. Vai para Portugal estudar em Lisboa e de volta ao Brasil assume cargo de juiz da Sé, em Salvador, depois é nomeado desembargador e depois tesoureiro-mor. Ali cria muitas inimizades a partir da confecção de seus poemas extremamente SATÍRICOS.
É dessa época que ganha o apelido de "Boca do Inferno", pois começa a satirizar não só padres, freiras, a igreja em geral, como toda a sociedade baiana. Ganha um severo inimigo, o frei João da Madre de Deus. Este tentava o obrigar a usar a batina, mas o Boca do Inferno se recusava.
Logo, virou inimizade do governador baiano Coutinho, por suas sátiras, e sofreu ameaças. Assim, em 1694, mudou-se para Angola. Lá, ajuda o governo local a combater revoltosos e ganha direito de voltar ao Brasil. Porém, direciona-se à Recife e lá se instala, mas não por muito tempo, pois contrai uma febre dessa viagem de volta e morre, em 1695.
Porém, o grande gozador da sociedade corruptora baiana saiu dessa para uma melhor não sem antes fazer sua última grande piada: invocou dois padres para comparecer em seu leito de morte. Antes de morrer, pede que os padres fiquem um de cada lado e declara: "Morrerei como Jesus na cruz, ao lado de dois ladrões".
Assim encerra-se a vida do maior poeta barroco brasileiro. Grande gênio das sátiras, odiado por uns e amado por outros. Esse é o contraste barroco.

Grandes Autores: Jorge Amado e os "Capitães da Areia"


Biografia do autor e comentários do livro.
Literatura: ficção???
Reais fatos e um retrato bem-feito dos garotos baianos marginalizados e rejeitados pela sociedade. Capitães da Areia faz parte de um dos 49 livros amadianos e traz um viés muito político e social, característico dos romances de 30.
Vejamos a breve biografia do autor: Nasceu numa fazenda próxima a Itabuna - BA, em 1912. Sua família mudou-se logo para Ilhéus para evitar a varíola.
Foi para o Rio de Janeiro estudar direito, cursando na Faculdade Nacional do Rio de Janeiro (a UFRJ). Este local era polo para discussões políticas e artísticas, logo passa a comunista. Torna-se jornalista, já escreve textos, publica, mas nunca deixa de estar envolvido com os comunistas. Por isso várias vezes fica exilado, como em 41 e 42, na Argentina e Uruguai.
Em 45, torna-se deputado federal pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro).
Casou-se com a escritora Zélia Gattai.
Fica exilado mais algumas vezes (Paris, 48 a 50 e Praga, 51 a 52), mas já é um autor mundialmente famoso e muito traduzido.
Em 90 sofre um baque nas finanças, e vive já na fase das sátiras de costume (Tiêta e adaptações para TV).
Em 6 de agosto de 2001, aos 88 anos, morre.
O livro: romance social urbano.
Capitães da Areia, lançado em 37, mostra o drama social vivido por grupos enormes de garotos que vivem na Bahia e são marginalizados. São garotos entre seis e 15 anos que roubam, fumam e armam golpes contra a população, e são por isso caçados pela polícia.
É subdividido em três importantes partes: Sob a Lua, num velho trapiche abandonado, Noite da grande paz, da grande paz dos teus olhos e Canção da Bahia, Canção da Liberdade. Na primeira parte destaca-se a ambientação do lugar e as condições em que os garotos vivem, além da caracterização de alguns personagens, como o protagonista Pedro Bala, o malandro Gato, o perverso Sem-Pernas, o intelectual professor e outros. Além disso, nessa parte mostra-se também alguns aliados dos meninos (como o padre e o dono do carrossel). Na segunda parte, o destaque é o aparecimento de uma menina: Dora. Inicialmente quase foi estuprada, mas após a intervenção de Bala, João de Deus e o professor, torna-se intocada. Vira "mãe", "irmã", e por fim, "noiva" de Bala. Bala muda sua atitude e apaixona-se, mas nesta parte alguns fatos alteram o destino dos personagens, que se desencontram. Na última parte, Bala vê os capitães da areia se separando, e seus amigos partindo para rumos diferentes. O destino prevê um fim deste grupo, mas será que é assim mesmo que acontece?
Não percam este livro, pois é um dos melhores da nossa Literatura.
Abraços!

Sobre a nossa língua portuguesa

Boa noite!
Gostaria de iniciar a postagem reiterando os objetivos almejados: 1) Compartilhar textos e afins sobre a matéria de Língua Portuguesa; 2) Usar este como ferramenta de tira-dúvidas de alunos; 3) Postagens de textos lúdicos, humorísticos e afins a fim de entreter, sem deixar de lado, no entanto, nossa abordagem à afamada e laboriosa Língua Portuguesa.
Observemos nosso primeiro texto, no gênero poesia, do poeta português Eugênio de Andrade:

Lírica & Boas-vindas!
Países da LP
O SAL DA LÍNGUA
Escuta, escuta: tenho ainda
uma coisa a dizer.
Não é importante, eu sei, não vai
salvar o mundo, não mudará
a vida de ninguém - mas quem
é hoje capaz de salvar o mundo
ou apenas mudar o sentido
da vida de alguém?
Escuta-me, não te demoro.
É coisa pouca, como a chuvinha
que vem vindo devagar.
São três, quatro palavras, pouco
mais. Palavras que te quero confiar,
para que não se extinga o seu lume,
o seu lume breve.
Palavras que muito amei,
que talvez ame ainda.
Elas são a casa, o sal da língua.
De: Eugénio de Andrade. Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
Para encerrar, cumprimento meus amigos e faço uma alusão à sátira do descobrimento:

Abordagem sobre Bechara: professor e gramática

Boa noite! Postando mais algumas anotações sobre gramática: Evanildo Bechara sobre períodos, orações, coordenação e subordinação.
Mas antes, um trecho de uma entrevista do mesmo:
VM – Na sua opinião, no Brasil de hoje, vale a pena ser professor?
EB – Ser professor vale a pena em todos os momentos de uma sociedade. Só lamentamos é que a sociedade e os seus representantes nas posições de comando não tenham tentado executar uma política de educação que estimule a colaboração de mais jovens, preparados e estimulados ao exercício do magistério. Todavia, a sociedade caminha por uma trilha tão perigosa hoje em dia que a pouco e pouco se vai convencendo de que só pela educação, no sentido amplo da palavra, encontrará uma saída honrosa e um futuro promissor.
Mais em:  #mce_temp_url#
Espero que sirva para a turma estudante de Letras ou outros.
Abraço!
………………………………………………………….
Período: 1) simples: “Encerra uma declaração” – Ex.: Ontem fomo ao cinema.
2) composto: “Encerra duas ou mais orações” – Ex.: Ontem fomos ao cinema, mas hoje apresentamos todos os deveres de casa.
Orações: “se caracterizam pelo seu sentido ou pela sua forma.” O sentido, aqui, depende de sentido completo, enquanto forma corresponde à oração dividida em “sujeito x predicado” (grifo meu).
Ex.: Começaram a aulas (1 oração)
Desejo que as aulas comecem (2 orações)
“se Desejo não tem sentido completo, apresenta sujeito e predicado”.
Orações independentes e dependentes.
As independentes são as de sentido completo. Ex.: Saímos cedo e voltamos na hora marcada.
As dependentes são as estruturadas pela forma. Ex.: Espero que sejas feliz.
Sintaticamente, “Independente é a oração que não exerce a função sintática de outra a que se liga” e “Dependente é a oração que exerce a função sintática de outra a que se liga e vale por um termo sintático que tem como núcleo um substantivo, adjetivo ou advérbio”.
Classificação das orações quanto à ligação: conectivas e justapostas.
Conectivas são as que se “prendem” às anteriores por certas palavras que indicam ligação, ou seja, as conjunções e os pronomes relativos.
Ex.: “As flores e as mulheres enfeitam e guarnecem a terra” (Marquês de Maricá).
“A experiência que não dói pouco aproveita” (id.)
As conjunções (coordenativas ou subordinativas) podem passar expressivas ideias de: 1) simplicidade, 2) ênfase ou 3) correlação. Vejamos:
1) Conjunção coordenativa:“Estuda ou brincas”.
2) Idem, mas enfaticamente:“Ou estuda ou brincas”.
3) Oração subordinada adverbial: “Ele é tão inteligente quanto o pai”.
Tipos de orações independentes: coordenadas e intercaladas.
Coordenadas: “(…) série sintaticamente equivalente ligadas por conjunção coordenativa ou mera justaposição (coordenadas assindéticas)¹”.
Intercaladas: “são aquelas que, não pertencendo propriamente a sequência lógica das orações do período, aí aparecem como elemento adicional que o falante julga ser esclarecedor”.
Tipos de orações dependentes: subordinadas.
Sempre exerce uma função sintática de uma oração principal.
Substantivas
São estas: subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, apositivas, completivas nominais e predicativas.
Conectivas e justapostas
A primeira vem ligada por conjunção. A segunda, as justapostas.
Obs.: Aí aparecem as conjunções integrantes, estas ligadas à oração principal. São: que (nas declarações de certeza) e se (nas de incerteza). Há casos específicos de as conjunções gerarem casos pleonásticos ou se omitirem. Veja as exemplificações, respectivamente:
“O meu amor me disse ontem que eu que andava coradinha” (Mil Trovas, ed. A. de Campos e A. de Oliveira) ou
“Antes Deus quer que se perdoe um mau, que (quer que) um bom padeça” (Antonio Ferreira)
Adjetivas
“Podem ser restritivas ou explicativas conforme sua missão no período”.
Subordinação concorrente: oração equipolente. Subordinação decorrente: mais de uma oração principal.

Gramático
Cadeira na ABL

Verbos: alomorfia

Boa noite! Temos postagens para este novo blog. Já havia postado no blogue anterior, e agora nesse. Este momento é sobre casos de alomorfia, ou seja, verbos modificados em sua raiz e diferentes na flexão/escrita. Quanto ao blogue, espero que lhes sejam úteis as informações. Abordei assuntos literários e outros. Espero que aproveitem!
Abraços!
………………………………………………………………………………………………………………………………………………….
Outras alomorfias
Há verbos que desviam do padrão geral apenas pelo fato de sofrerem alomorfia no radical da primeira pessoa do singular do presente do indicativo, estendendo-se de acordo com a regra a todo o presente do subjuntivo.Assim temos:
[val] ~ [valh] cf. valho à valha etc.
[med] ~ [mec] cf. meço à meça etc.
[ped] ~ [peç] cf. peço à peça etc.
[perd] ~ [perc] cf. perco à perca etc.
Cf = conferir
~ = variante
Outros sujeitam-se a alternâncias redundantes, conforme a seguinte regra:
A vogal tônica do radical do presente do subjuntivo é igual à da primeira pessoa do presente do indicativo, que alterna com a segunda do singular e com as terceiras pessoas do mesmo tempo.Exemplifiquemos:
a) /ê/ ~ /é/
eleja = elejo ~ eleges, elege, elegem
deva = devo ~ deves, deve, devem
beba = bebo ~ bebes, bebe, bebem
erga = ergo ~ ergues, ergue, erguem
b) /ô/ ~ /ó/
resolva = resolvo ~ resolves, resolve, resolvem
volva = volvo ~ volves, volve, volvem
c) /i/ ~ /é/
repita = repito ~ repetes, repete, repetem
adira = adiro ~ aderes, adere, aderem
vista = visto ~ vestes, veste, vestem
d) /ĩ/ ~ /ẽ/
sinta = sinto ~ sentes, sente, sentem
minta = minto ~ mentes, mente, mentem
e) /u/ ~ /ó/
cubra = cubro ~ cobres, cobre, cobrem
durma = durmo ~ dormes, dorme, dormem
acuda = acudo ~ acodes, acode, acodem
tussa = tusso ~ tosses, tosse, tossem
cuspa = cuspo ~ cospes, cospe, cospem
f) /ũ/ ~ /õ/
suma = sumo ~ somes, some, somem
consuma = consumo ~ consomes, consome, consomem
Não se devem considerar desvios do padrão geral os casos de alografia no radical. Assim, ficar, embora possua o radical grafado diferentemente ([fic] e [fiqu]), é perfeitamente enquadrado no padrão geral. Em brinquei, o radical [brinq] não é alomorfe de [brinc] – de brincar. É uma simples alografia.
Fontes em Mattoso Câmara Jr. (Cf)
Para finalizar, vou lincando uma aula de morfologia (meio sonolenta, mas...):
#mce_temp_url#

Forma
Morfologia

Diagnóstico de sala de aula (Humor)

Refeitório
Aluno falante: cricri
Professor falante: chato
Aluno quieto: exemplar
Professor quieto: bobo
Aluno inteligente: gênio
Professor inteligente: arrogante
Aluno bagunceiro: problemático
Professor bagunceiro: uma vergonha nacional
Aluno rebelde: carente
Professor rebelde: bandido
Aluno reflexivo: sagaz
Professor reflexivo: depressivo
Aluno calculista: brilhante
Professor calculista: cruel
Aluno sensível: adorável
Professor sensível: motivo de piada
Aluno temperamental: fase
Professor temperamental: insuportável
Aluno responsável: vitorioso
Professor responsável: frustrado
Aluno imitador: carismático
Professor imitador: ridículo
Aluno amoroso: encantador
Professor amoroso: pedófilo ou falso
Aluno preguiçoso: culpa da família
Professor preguiçoso: culpa do safado, vagabundo…
Aluno querido: pra sempre
Professor querido: só até sair o resultado da prova
Aluno exigente: interessante
Professor exigente: carrasco
Aluno amigo: sinônimo de união
Professor amigo: reprovável
Eis aí alguns mitos (ou não)…
Por: Rafael Rochê
Para finalizar, parabéns à turma do CQC que exibiu uma ótima matéria no programa, mas já faz um tempinho. Ainda tem uma charge pra complementar. Hilário. Quem não viu a matéria, assistam:
Abraços!

Grandes Autores: Vargas Llosa


Guerra do fim do Mundo e Pantaleão e as Visitadoras
Autor genial
Mario Vargas Llosa. Grande gênio que escreveu e escreve, tanto narrativas memoráveis, quase épicas, como "Guerra do Fim do Mundo", onde narra Canudos, e ainda as documentais sátiricas, como "Pantaleão e as Visitadoras".
Disponibilizo o download das obras, porém é aprazível e boníssima a oportunidade, de quem as tiver, ler as outras obras.
Guerra do Fim do Mundo:
Pantaleão e as Visitadoras:
Por: Rafael Rochê
Boa semana! Leia sempre! até a próxima…

Gramática Descritiva

Segundo o wikipédia:
A gramática descritiva é uma gramática que se propõe a descrever as regras de como uma língua é realmente falada, a despeito do que a gramática normativa prescreve como "correto". É a gramática que norteia o trabalho dos lingüistas que pretendem descrever a língua tal como é falada.
Este ramo é justamente o opositor à gramática chamada de gramática normativa, ou gramática prescritiva, onde certas modalidades são consideradas como certas, e outras erradas, pelo estudo diacrônico. Certos modos da fala, correspondentes à gramática internalizada, ou seja, da fala, nunca serão aceitos. Como por exemplo, temos uma regra normativa que diz que nunca podemos usar pronomes retos para representar objetos, como em: "Maria viu ele chegar" (modalidade esta perfeitamente aceita pela gramática  internalizada, mas nunca pela normativa, vista a necessidade do pronome oblíquo). Então, pelo uso padrão, da gramática prescritiva, temos: "Maria o viu chegar"
Boa sorte!
Influenciada pela teoria Gerativista, essa gramática propõe uma visão diferente a da gramática normativa. Certas nomenclaturas são revisadas e utilizadas de outras formas. As estruturas profundas, superficiais, o sujeito que se torna NP (nominal phrase) e outros casos.
Segue o link para o download da gramática do Perini:
no Rapdshire, ou pelo 4shared:
Bons estudos!

Mioto

Grandes autores: Pico Iyer

Boa noite! Eis aqui um resumo e comentários do livro "Cuba e a Noite" de Pico Iyer. Espero que gostem. Livro interessantíssimo!!!
Cuba e a Noite – Pico Iyer
Com certeza o livro de Pico Iyer é um romance de se perder, assim como o cético Richard se perdeu nas noites de Cuba.
Livro de romance e euforias sentimentais onde se conta a história de Richard, um fotógrafo que não acreditava no amor nem na humanidade. Este se apaixona por Lourdes, a Lula, formosa mulher cubana que sonha deixar o país mergulhado na atmosfera da revolução e no espectral Fidel. As personalidades de início não aparentam dar uma boa história, pois Richard é um “cara” desacreditado e sem compromisso, além de ser ainda casado (mas em processo de separação). Mas as atitudes de Lula vão mostrando que ela quer mais que apenas um passaporte para fora do país: ela o ama, e logo, ele também. Grandes episódios e picantes cenas noturnas passam a serem narradas, como o cinema cubano ou as idas nas praias, por exemplo. A figura de Fidel é referida diversas vezes,  assim como questões políticas e ideológicas. Talvez por esse excesso de referências específicas, contextualizado diante da realidade dos nativos e turistas da ilha, o livro tenha perdido um pouco quanto aos comentários do narrador. E por falar em narrativa, as seqüências narradas são muito bem empregadas. O livro quase não tem divisão de capítulos, fluindo bem a história, e um ótimo recurso para escapar da monotonia da oratória e do narrador, são as cartas trocadas entre os personagens. Bem, ao final da história, em resumo, Richard, já apaixonado, planeja se casar com Lula, mas resolveram fazer uma manobra mais fácil para a saída dessa de Cuba. Ele ainda não tinha se divorciado, então decidiram casá-la com o amigo de Richard, com a condição de depois se encontrarem, ela e ele se separarem, para depois casarem os dois. Mas nada dá certo: o casamento de Lula se realiza, mas Richard perde o contato com Lula, e com ciúme ele acaba a traindo com a irmã dela. Tempos depois ela lhe manda uma carta de despedida, pois estava vivendo na Inglaterra com o marido. A ele só resta a última visão.
Livro disponível em lojas online.

Romance
Livro literário

Gramática: Anotações da Lição de orações (BECHARA)

Período:
1) simples: “Encerra uma declaração” – Ex.: Ontem fomo ao cinema.

2) composto: “Encerra duas ou mais orações” – Ex.: Ontem fomos ao cinema, mas hoje apresentamos todos os deveres de casa.
Orações: “se caracterizam pelo seu sentido ou pela sua forma.” O sentido, aqui, depende de sentido completo, enquanto forma corresponde à oração dividida em “sujeito x predicado” (grifo meu).
Ex.: Começaram a aulas (1 oração)
Desejo que as aulas comecem (2 orações)
“se Desejo não tem sentido completo, apresenta sujeito e predicado”.
Orações independentes e dependentes.
As independentes são as de sentido completo. Ex.: Saímos cedo e voltamos na hora marcada.
As dependentes são as estruturadas pela forma. Ex.: Espero que sejas feliz.
Sintaticamente, “Independente é a oração que não exerce a função sintática de outra a que se liga” e “Dependente é a oração que exerce a função sintática de outra a que se liga e vale por um termo sintático que tem como núcleo um substantivo, adjetivo ou advérbio”.
Classificação das orações quanto à ligação: conectivas e justapostas.
Conectivas são as que se “prendem” às anteriores por certas palavras que indicam ligação, ou seja, as conjunções e os pronomes relativos.
Ex.: “As flores e as mulheres enfeitam e guarnecem a terra” (Marquês de Maricá).
“A experiência que não dói pouco aproveita” (id.)
As conjunções (coordenativas ou subordinativas) podem passar expressivas ideias de:

1) simplicidade,
2) ênfase ou
3) correlação.

Vejamos:

1)      Conjunção coordenativa:“Estuda ou brincas”.
2)      Idem, mas enfaticamente:“Ou estuda ou brincas”.
3)      Oração subordinada adverbial: “Ele é tão inteligente quanto o pai”.

Tipos de orações independentes: coordenadas e intercaladas.
Coordenadas: “(...) série sintaticamente equivalente ligadas por conjunção coordenativa ou mera justaposição (coordenadas assindéticas)¹”.
Intercaladas: “são aquelas que, não pertencendo propriamente a sequência lógica das orações do período, aí aparecem como elemento adicional que o falante julga ser esclarecedor”.
Tipos de orações dependentes: subordinadas.
Sempre exerce uma função sintática de uma oração principal.
Substantivas
São estas: subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, apositivas, completivas nominais e predicativas.
Conectivas e justapostas
A primeira vem ligada  por conjunção. A segunda, as justapostas.

Obs.: Aí aparecem as conjunções integrantes, estas ligadas à  oração principal. São: que (nas declarações de certeza) e se (nas de incerteza). Há casos específicos de as conjunções gerarem casos pleonásticos ou se omitirem. Veja as exemplificações, respectivamente:
“O meu amor me disse ontem que eu que andava coradinha” (Mil Trovas, ed. A. de Campos e A. de Oliveira)         ou
“Antes Deus quer que se perdoe um mau, que (quer que) um bom padeça” (Antonio Ferreira)
Adjetivas
“Podem ser restritivas ou explicativas conforme sua missão no período”.
Subordinação concorrente: oração equipolente. Subordinação decorrente: mais de uma oração principal.
Por fim, um material do You tube: matéria do JN, e em pauta, a Reforma Ortográfica.


Obrigado pelos comentários, amigos!
Abraços e boa semana!

Mitologia e etimologia: empréstimos dos gregos

Bom dia!
Depois de muito tempo se postar, estamos de volta neste ano de 2011!
Sem delongas, vamos ao assunto: o empréstimo de vocábulos gregos no português.
Temos na gramática de Celso Cunha e Cintra (4ª ed. 2007), prefixos e radicais de origem grega (p.101 e 123, respectivamente), mas muito da própria cultura da mitologia explica o contexto de tais palavras e suas aplicações.
Com efeito, usar o mecanismo da literatura comparada em sala de aula, e contar as narrativas dos mitos de origem servem de ótima base e são contundentes no ensino desses prefixos e radicais.
Ora explica-se através de "Teogonia", de Hesíodo, o sentido de Caos (desordem), Kronos (tempo) ou ainda Filia ou filo (amigo).
Ainda explicar o sistema político grego, onde 'demo' (povo) e cracia (de sistema) auxiliam no entendimento destas palavras.
Experimente e busque novas maneiras de ensinar!
Boa semana!
Mitologia na escola

Gramática, só gramática? (A silepse e o numeral)

Lendo as notícias sobre a crise presidencial no Egito, deste ano, (vide: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/874578-voz-do-povo-egipcio-foi-ouvida-diz-secretario-geral-da-onu.shtml ), percebi 'coisinhas'  interessantes da gramática: A questão da silepse de número e do plural do numeral.
Primeiramente, palavra do grego, silepse significa compreender, mas não no sentido comum, mas no adicional, o outro. Chamamo-la concordância  'ad sensum'. Figura de construção que encontramos na frase: "A voz do povo egípcio, particularmente dos jovens, foi ouvida, e cabe a eles determinar o futuro do país". Aqui o sentido de 'a voz do povo' é de uma voz representando a coletividade, ou seja, sngular na função de plural. Eis o outro sentido. Captamos a mudança no viés gramatical, então a chamamos, pela característica, de silepse de número (singular que é na verdade, plural, o povo egipcio[eles]).
Ainda tem a questão do numeral em: "As relações com o Exército egípcio são tradicionais e importantes para Washington, que fornece cerca de US$ 1,3 bilhão por ano em ajuda militar ao país".
Bilhão, assim mesmo, no singular, pois 1 (um) é singular, e número com  vírgula, fracionado, permanece no domínio do singular até 2 (dois), e daí em diante. Aí seriam 'bilhões'... [obs.: e é numeral cardinal]
Eis a gramática, mas espere: "-Gramática, só gramática?" - " E o povo egípcio na luta pela democracia? E os bilhões injetados no Egito pelos EUA para ter mais um 'peixe' no Oriente?". Eu me interessei, mesmo que não muito, confesso, mas li tudo e não quis saber só da gramática.
Enfim, deixemos coisinhas e vejamos o todo. Não a parte pelo todo da metonímia, o todo mesmo. O que vale a silepse se nada compreendemos? E o que dizer do bilhão se não entendo de números? Busquemos a compreensão na gramática e também leitura. Busquemo-la.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

No fim, tudo é festa...

Achei um interessantíssimo blogue, e quero parabenizá-los de antemão, pois é um ótimo material de pesquisa etimológica. Bem, na proximidade do carnaval quero aproveitar e dizer que lá vamos nós de novo: carnaval acaba com a nossa concentração (dos professores) para aulas mais tranquilas e com presença efetiva dos alunos. Tudo por causa dessa festa, dessa bagunça, pura folia, baderna de gentes, farra que nunca para, diversão sim, mas que sempre termina na esbórnia, um quiprocó danado, esculhambando o ano letivo e formando um verdadeiro pandemônio por aí.

Curioso é a gente saber a origem destas palavras. Neste blogue citado acima, pude ver a origem de todas as palavras, interessantíssimo, como a última palavra marcada, que vem do grego "pan" (todos), "daemon" (deus inferior, e que a igreja transformou em demônio) e um sufixo no português "-io" que siginifica aglomeração (cf. BECHARA, p.359). Vai dizer que a gente não vê um monte de "demônios" passeando por onde tem uma baguncinha?

Bem, vou postar os links e espero que se divirtam em ler como eu o fiz. (Agradecimentos aos blogues linkados).






P.S.: Nunca mais use indiscriminadamente o esculhambar. (risos)

Relaxa! Tanto faz!

Palavras com + de 1 grafia:

1. Infarto, enfarto e infarte e enfarto;
2. Purê e puré (e outros como crochê/croché, etc);
3. Fôrma e forma (objeto que molda).

Além destes, também vemos o "professor Nogueira", e no blogue "noisfalatrem".

Taturana ou sassurana? E suserano?

Cuidado para não confundir!

Correto, segundo o dicio, é taturana, referindo-se ao inseto. Sassurana está incorreto, sendo que não há registro. Por sua vez, suserano, nada tem a ver com o inseto: quer dizer senhor feudal que possuía as terras e as distribuía a outros senhores (vassalos).

Ninguém nunca lembra de onde é o soteropolitano....

Aí, gente!

Quem para quem sempre fica na dúvida, leia a excelente explicação do professor Cláudio Moreno (Do Guia Prático de Português). Nele você pode confiar, e ele indica que é o gentílico relativo à Salvador, capital da Bahia. Podemos usar também salvadorense. Veja a seguir:


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Resumos de livros

Para não perderem tempo, seguem bons sites para resumos literários:


P.S.: Nada de ler só resumos hein! É que nem droga, se começar, depois pra sair fica difícil, ou ainda que nem tomar remédio pela metade. Você vai querer o resultado inteiro, você 'curadinho', ou vai querer curado só pela metade, ou que nem faça efeito?

Abraços!



Alguns cacófatos e frases de duplo sentido

Olha, tão tão pesado que resolvi só deixar os links mesmos aqui no blogue, mas dá pra rir um bocado.


                                                Cacófatos e Frases de duplo Sentido

Abraços e parabéns pela participação de vocês nestas primeiras semana! Estou gostando de ver as turmas fazendo as atividades!

XD

Alguns aspectos da "realidade" literária

"- Pai, o que é um filme de ficção?"
"- Ahhh!, é um filme com monstro..."

 (Diálogo dos personagens de Paulo José e Fernanda Torres no filme "Saneamento Básico, de 2007).


Ao nos depararmos com assunto literários, que chamarei aqui de tríades dicotômicas (realidade x ficção, objetividade x subjetividade e denotação x conotação), nos confrontamos com princípios elementares a se notar a seguir:

1) Conceito de realidade na Literatura;
2) Conceito de ficção na Realidade;
3) Foco narrativo (envolvido ou não);
4) Figuração e polissemia.

Vasto é o assunto, porém devemos nos limitar a comentar tão-somente cada aspecto gerado pelo enunciado dos tópicos.
Primeiramente, a palavra realidade (do latim realitas, coisa, tudo que existe) pode nos remeter também ao que é verdadeiro, de comprovação científica, ou seja, de existência real comprovada. No entanto, como o próprio Platão nos mostra no Mito da Caverna, o conceito de realidade é um pouco além de nossa compreensão. Então, deixemos a realidade e tratemos, na Literatura, com o nível de proximidade da realidade: a verossimilhança ou inverossimilhança. Palavra do latim, onde "vero" quer dizer "verdade" e "símile", "semelhança", o sufixo -ança soma-se a expressão e dá a ideia de "Muita proximidade com a verdade". No caso do prefixo in-, indicando negação "sem", empreende-se "sem aproximidade com a verdade". Visto assim, a Literatura se aproxima, mas nunca é realidade, e sim ficção.

Mas como o tempo é modificador de águas, o sentido original da palavra ficção foi deturpado. Na acepção original de "fingir", a palavra foi pendendo para o significado de "obra fantasiosa", ou mesmo em alguns dicionários como "histórias de ficção científica ou com monstros". Devido ao cinema, existe o rótulo de que ficção só deve ter cenas como de "Guerra nas Estrelas", de George Lucas ou ainda "Monstros S.A.", da Disney. (aos que desejam rir desta situação, assistam o filme: Saneamento Básico [cf. acima]).

Outro ponto a se discorrer brevemente é quanto ao foco narrativo e das pessoalidades e impessoalidades narrativas. O foco se dá de acordo com as pessoas do discurso, ou seja, o narrador/ eu lírico se apresenta em 1ª pessoa nos textos objetivos e em 3ª pessoa nos subjetivos. Todavia, não é esta uma regra, pois há casos em que há objetividade sem mesmo um narrador de 1ª (como o poema "A arte de te amar" de Manuel Bandeira). O que define, portanto, a objetividade ou não é o nível de informação e impessoalidade. Quanto mais pessoal, mais subjetivo, quanto menos, mais objetivo.

Por fim, devemos saber que a linguagem pode ser denotativa ou conotativa. A primeira configura o vocabulário literal, enquanto a segunda, figurativo. Quanto mais um texto vier recheado de construções figurativas (metáforas, comparações, personificações etc), mais tenderá a ser conotativo.
Pela construção e constituição de nossa sistema linguístico, nossa língua, temos um variado "leque" de significados para muitas palavras. Observe-se nos verbetes do dicionário, por exemplo, o verbo "chutar". Com certeza, haverá uma definição mais imediato (denotativa), significando "ato de movimentar a perna visando acertar um alvo", assim como o menos imediato (conotativa), significando "arriscar, escolher à vulso". Temos ainda estruturas gramaticais polissêmicas como "manga" por exemplo, que sugerem vários significados como "da camisa", ou "fruta".

Assim é a nossa língua, cheia de nuances e desvios. Ela é parte da Literatura (ou a Literatura parte dela?) e produz efeitos maravilhosos utilizados por grandes autores de nosso país e afora. Se a ficção é viajar nos espaços mais infindáveis e encontrar desde as mais fantasiosas criaturas como as situações mais banais do cotidiano, a Literatura é a arte que tem o dever de conduzir estes elementos ao imaginário e memória de uma povo. A "litteris" é a palavra, e mais que isso, tem o poder de se fazer notável ou "mascarada" nas mais altas torres trancafiadas de nossa mente.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Soneto de fidelidade

Vinicius de Moraes

Composição: Vinicius de Moraes / Capiba
 
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure


Lembrando então, soneto: 14 versos, sendo 2 quartetos e 2 tercetos. 

Tipos de narradores

Bom dia!

Antecipenado a matéria de amanhã (24/02), vou postando o link para conceituar os tipos de narradores. Só em nível de curiosidade, temos belos exemplos de narradores de 1ª (como Machado de Assis em "D. Casmurro") e 3ª pessoas (como Graciliano Ramos em "Vidas Secas"). Há ainda alguns livros que misturam, moderadamente ou não, os narradores (como em "Memórias de um Sargento de Milícias" de Manuel A.Almeida).


Segue o link:
http://www.brasilescola.com/redacao/narracao-tipos-narrador.htm

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Língua histórica: A etimologia de "crioulo".

Bom dia!

Seguindo agora a postagem da última aula de Português, a parte inicial da história da língua. Neste artigo, temos o professor Lucchesi falando acerca da origem da palavra crioulo (cf. revista Discutindo Língua Portuguesa). Ao final deste maravilhoso artigo, temos um questionário proposto para os alunos do 1º Ensino Médio.



(Basta clicar e o link te leva à opção free download, depois você deverá digitar o código e ao criar o link, baixe o arquivo em seu computador.)

Bem, confiram suas respostas e até a próxima!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dos Downloads do blogue

Info para todos que vão baixar algo por aqui:

1) Esses links vão encaminhá-los para outras páginas, portanto procure o arquivo certo depois de clicar;

2) Quando pedir número de celular, você só precisa ir no endereço (http) e apagar o primeiro que aparece. Depois é só clicar para baixar e salvar no pc.

          Ex.: http://www.loadbr.info/link/?url=http://www.megaupload.com/?d=5S9JXIMI

O que está em vermelho é o que você deve apagar (Clica, seleciona com o mouse + Del).

A Presidente ou a presidenta?

Tanto faz.

Num programa de televisão, o senador Cristovam Buarque nota que por questão de destaque e elegância, preferimos agora dizer "presidenta", com variação de gênero. Ele, claro, que não é bobo, apoia Dilma, a presidenta, tanto nas palavras (pois ela gosta na forma de variação de gênero), como na política. Aliados à parte, leia-se também o professor Sérgio Nogueira ao G1, que nos mostra como uso opcional:




Relógio análogo ou analógico?

Esse post vei a partir da dúvida da Nathalia e Carlos Henrique, da 1001, do IE.

Veja-se o significado no dicionário:


Significado de Análogo

adj. Que guarda analogia, semelhança com outra coisa.
Comparável, correspondente, homólogo, semelhante, similar.
Cibern. Diz-se de um tipo de máquina de calcular que opera com números representados por quantidades diretamente mensuráveis (como voltagens, resistências, ou rotações).

Significado de Analógico

adj. Conforme com a analogia; fundado na analogia: leis analógicas.


E qual o correto quanto ao relógio: análogo ou analógico?
O relógio de ponteiros, diferentemente do digital, é chamado também de análogo


Para história do relógio:



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Funções da Linguagem

Seguindo o modelo do linguista russo, Roman Jockobson, notamos a comunicação como processo e composto de 6 elementos: contexto, emissor, receptor, canal, mensagem e código. A partir daí, seguem-se algumas funções  da linguagem, visto que toda a linguagem pressupõe uma intencionalidade.

1) Função Referencial: Prioriza-se a informação, a situação e os dados científicos. Ex.: Jornais e artigos de revistas;

2) Função Expressiva: Prioriza-se o 'eu'. Aborda emoções, sensações, crenças e argumentos do emissor. Ex.: Poesias, crônicas e cartas.

3) Função Conativa: Prioriza-se o 'outro', quem recebe a mensagem, de maneira a seduzir, convencer ou coagi-lo. Ex.:  Publicidade.

4) Função Fática: Prioriza-se o meio de comunicar-se e as expressões de cadência do diálogo, ou seja, como dialogar. Ex.: Saudações de 'bom dia' ou 'boa tarde'.

5) Função Metalinguística: Prioriza-se a própria linguagem em seu universo. Ex.: Poesias ou quadrinhos.

6) Função Poética: Prioriza-se a forma de transmitir o recado, a mensagem. Ex.: Poesias ou publicidade.


Pratique no site "cola da web":
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/funcoes-de-linguagem

Boa semana!


Garoto Propaganda

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Édipo Rei e comentários



O Rei Laio, de Tebas, refugiou-se na terra de Élida, do rei Pélope,e lá se apaixonou pelo seu filho, Crisipo. Logo fugiram do reino e quando o rei ficou a saber, lançou uma maldição em Laio. Crisipo tira sua própria vida. Laio retorna à Tebas e contrai matrimônia com a bela Jocasta. Quando ela engravida, Laio resolve ir ao oráculo de Delfos, de Apolo, e lá descobre que seria morto por um filho e este ainda desposaria sua mãe, Jocasta.
Laio aguarda o nascimento do filho e resolve dá-lo a um pastor para que pudesse matá-lo. Este, por sua vez, entrega-o a um amigo, que acaba levando o bebê até a presença de Políbio, rei de Corinto. Édipo, o filho de Laio, acaba sendo criado por Políbio como sendo seu filho.

Certo dia, já crescido, Édipo ouve da boca de um bêbado que não era filho de Políbio. Depois ele vai até o oráculo, que o diz o mesmo destino que teria: o de cometer um parricídio e incesto (matar o pai e casar-se com a mãe). Temendo este destino, ele parte de Corinto.
Já muito longe, ele encontra na estrada um cocheiro e seu amo. Depois de uma briga, eles são mortos por Édipo. Após isso, Édipo chega em Tebas e se depara com o caos na cidade: a presença da Esfinge, meio mulher e meio leão. Para salvar o povo da destruição, ela o propõe um enigma: "Qual a criatura que de dia anda de 4 pernas, de tarde de 2 e de noite de 3? ao passo que Édipo respondeu que era o homem e acertou, pois de dia seria como criança que engatinha, de tarde como adulto e de noite como velho e um bastão para apoiar.
Édipo derrota a esfinge e torna-se o rei de Tebas, além de casar-se com Jocasta. Eles acabam tendo 4 filhos: Eteócles, Polinice, Ismênia e Antígona. Édipo empreende uma caçada ao assassino do bondoso Laio, e descobre, através do mesmo oráculo que ele mesmo foi o assassino e que a maldição se concretizou.

Ele fica desolado, perde o status de herói e sai em busca da purificação. Fura os próprios olhos e vê a morte de Jocasta. Viveria a dor eternamente.


Comentários:
Sófocles (497?) foi certamente dos melhores tragediógrafos até hoje. Apesar do gênero tragédia nos soar mais familiar na vida real, decorrente de desastres naturais (como em Teresópolis recentemente), a tragédia ainda hoje é um grande gênero e dos mais empolgantes na Literatura.
Gênero que virou popular das festas, somados aos ditirambos ( canto de coral dedicado à arte dionisíaca) e ao teatro, a tragédia propõe além de uma narrativa de final terrivelmente infeliz, uma estrutura fechada e bem definida, além de elementos adicionais. Observe:

1) Na encenação, a presença do coro (teatro - ditirambo);
2) Prólogo (início), pároclo (1ª intervenção do coro), 5 episódios (narrativa),  estásimos (novamente o coro) e êxodo (final);
3) Além do final triste, entre os personagens deveria haver deuses, reis ou heróis.

Viva o gênero!


Πίστις, ἐλπίς, ἀγάπη
Pistis, elpis, agapē
“Fé, esperança, (e) amor.” (Coríntios, 13:13.)








quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Modelo de Comunicação

Modelo de Linguagem e comunicação baseado no do linguista russo Roman Jackobson.

Consultem os links e sigam exercícios sobre linguagem, como o da professora Érica Santos, da Impacto (no Google tem):

http://www.colegioweb.com.br/portugues/elementos-da-comunicacao.html

http://www.brasilescola.com/redacao/as-funcoes-linguagem.htm

Abraços e boa semana!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Introdução aos Literários

Pequena história sobre Nietzsche:

Friedrich Wilhelm Nietzsche ( 1844-1900 ) nasceu em Rocken, localidade próxima de Leipzig, Prússia, no dia 15 de outubro. Seu pai e seus avôs eram pastores protestantes. Nietzsche teve muito desse espírito religioso durante a infância, e cogitava continuar a linhagem. Sua mãe era piedosa e puritana. Em 1849 perdeu o pai e o irmão. Mudou-se então para Naumburg, cidade às margens do rio Saale, onde cresceu, em companhia feminina: a mãe, a irmã, duas tias e a avó. Era uma criança feliz, aluno exemplar, dócil e leal. O zelo e mimo familiar fez com que ficasse um pouco deslocado, pois não gostava dos vizinhos, que armavam arapucas para passarinhos e bagunçavam. Preferia a calma do estudo, e os coleguinhas o chamavam de pequeno pastor, rejeitando maiores relações com ele. Lia a Bíblia, para si e para os outros. Na sua autobiografia, um de seus últimos livros, Ecce Homo- como chegar a ser o que é, conta que como seus colegas duvidavam de uma história dele, deixou alguns palitos de fósforos queimarem até o fim, na palma de sua mão.



Nietzsche foi um escritor e, apesar de não ter estudado filosofia em universidades, se aventurou tão bem neste ramo que tornou-se um polêmico e conhecido filósofo. Em seu livro "Nascimento da Tragédia", de 1872, e posteriormente reeditado, fala sobre música (por influências do amigo Wagner), e sobre a vontade (Schopenhauer). Trabalhava nesta época como enfermeiro, e dois anos antes a Alemanha entrava num processo de industrialização.
Além da música e da vontade, o livro mostra muito do conhecimento da mitologia grega que o autor possuía. Mostra a dualidade dos espíritos artísticos, como reflexo da cultura do povo grego: o dionisíaco e o apolíneo.


Divirtam-se!

P.S.:(Alunos do 1º ano, I.E.), ler página 15 do livro de Português. (de Aubarre, Pontara e Fadel)