sábado, 6 de maio de 2017

Resumo: Dicas de Redação - Tipologia da dissertação

1.    Tipologia da dissertação: exposição de ideias ou argumentação:

ü  Introdução:
O texto dissertativo: expõe, analisa e interpreta os fatos. Possui persuasão e informatividade. (linguagem)
Pode ser expositivo (+ informação) ou argumentativo (+ análises, avaliações e intervenções).
Possui introdução, desenvolvimento e conclusão.
Possui tese (ideia central) e argumentos.
Usual verbos no presente, porém atemporal.
ü  Tema x Tese x título X Argumento :
Tema vem sempre colocado na primeira frase e é o ator central do texto. Ex.: “A Publicidade infantil no Brasil”
Tese é o que se diz do assunto.  Ex.: “Muito se discute acerca dos limites que devem ser impostos à publicidade e propaganda no Brasil - sobretudo em relação ao público infantil.”
Título é o nome do texto.
Argumento condiz com estratégias usadas para justificar (Exemplo, citação, dados, comparação, constatação...)
ü  redação dissertativa-argumentativa:
Situação-problema: o enunciado propõe como tema um problema, e que exige uma proposta de encaminhamento ou de solução. Por isso essa estratégia é bastante eficiente: foque primeiro no problema, depois em suas causas e, finalmente, nas possíveis soluções.
§  Apresentação do ponto de vista
§  Discussão dos argumentos
§  Análise crítica do texto

Dissertação Objetiva: impessoalidade, sem ser prolixo.

1. Qual o problema?   2. Por que se trata de um problema?    3. Quais as causas para tal problema?   4. Há alguma solução?   5. Como e por que colocar tal solução em prática?   
ü  redação dissertativa-expositiva:
Artigo de opinião: + informação e identificação do articulista.
Nela você se posiciona claramente sobre o tema.
Dissertação subjetiva: pessoalidade, com opiniões e sentenças.


ü  Exercícios:
Questão 1
Texto próprio para quem quer expor opiniões ou persuadir de alguma coisa, no qual se emprega o abstrato (conceitos, ideias, concepções). Tipo de texto que tem por objetivo influenciar o leitor/interlocutor com posicionamentos elencados através de uma cuidadosa ordenação lógica. Estamos falando da:
a) descrição.      b) narração.       c) exposição.     d) injunção.       e) dissertação.
Questão 2
(MACKENZIE) "É comum, no Brasil, a prática de tortura contra presos. A tortura é imoral e constitui crime. 
Embora não exista ainda nas leis penais a definição do 'crime de tortura', torturar um preso ou detido é abuso de autoridade somado à agressão e lesões corporais, podendo qualificar-se como homicídio, quando a vítima da tortura vem a morrer. Como tem sido denunciado com grande frequência, policiais incompetentes, incapazes de realizar uma investigação séria, usam a tortura para obrigar o preso a confessar um crime. Além de ser um procedimento covarde, que ofende a dignidade humana, essa prática é legalmente condenada. A confissão obtida mediante tortura não tem valor legal e o torturador comete crime, ficando sujeito a severas punições." (Dalmo de Abreu Dallan)
Pode-se afirmar que esse trecho é uma dissertação:
a) que apresenta, em todos os períodos, personagens individualizadas, movimentando-se num espaço e num tempo terríveis, denunciados pelo narrador, bem como a predominância de orações
subordinadas, que expressam sequência dos acontecimentos;
b) que apresenta, em todos os períodos, substantivos abstratos, que representam as ideias discutidas, bem como a predominância de orações subordinadas, que expressam o encadeamento lógico da denúncia;
c) que apresenta uma organização temporal em função do pretérito, jogando os acontecimentos
denunciados para longe do momento em que fala, bem como a predominância de orações subordinadas, que expressam o prolongamento das ideias repudiadas;
d) que consegue fazer uma denúncia contundente, usando, entre outros recursos, a ênfase, por meio da repetição de um substantivo abstrato em todos os períodos, bem como a predominância de orações coordenadas sindéticas, que expressam o prolongamento das ideias repudiadas;
e) que consegue construir um protesto persuasivo com uma linguagem conotativa, construída sobre
metáforas e metonímias esparsas, bem como com a predominância de orações subordinadas, próprias de uma linguagem formal, natural para esse contexto. 


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