1. Coesão referencial e sequencial:
ü Introdução:
A
coesão textual está relacionada ao encadeamento das ideias dentro de texto e
às referências que fazemos. É ideal que se siga um fluxo, facilitando a
leitura. Quando há a sensação de fluidez, o texto não fica cansativo;
afirmamos que ele é coeso.
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ü Casos:
Era uma
vez um menino e uma menina. O menino e a menina eram irmãos. O menino e
amenina viviam brigando por tudo. O menino e amenina conviviam com um
cãozinho. Só que o menino e amenina brigavam tanto que o menino e a menina
não davam nenhuma atenção ao cãozinho.
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Arthur Antunes Coimbra (1) é o maior nome
da história do Flamengo. Desde a infância passada no subúrbio carioca, o
jovem Zico (2) já se revelava um talento incomum para o futebol. Só havia um
problema: o Galinho de Quintino (3) era um tanto franzino para um esporte que
cada vez mais exigia preparo físico. A saída foi submetê-lo (4) a uma intensa
bateria de exercícios que o (4) tornaram um jogador completo, corpo e mente
integrados. Daí, para que ele (4) se tornasse o grande ídolo que todos
conhecemos, foi apenas um passo.
Por mais de uma década, o craque (5)
colecionou títulos e alegrias para o seu (4) clube. Sua (4) única frustração,
no entanto, foi nunca ter sido campeão do mundo pela seleção brasileira.
Mesmo assim, as glórias conquistadas pelo campeão do mundo de 1981 (6)
superaram de longe as decepções. Zico (7) ainda atuou como jogador pela
Udinese, da Itália, e pelo Kashima Antlers, do Japão. Como técnico, (8)
coordenou a seleção japonesa, o Fenerbahçe, da Turquia, e, atualmente, (8)
comanda o CSKA de Moscou.
Voltando-nos apenas às referências feitas a
Zico, no texto, podemos apontar:
(1) Uso de nome completo
(2) Apelido (3) Epíteto, isto é, um substantivo, adjetivo ou expressão que qualifica dado nome (4) Pronominalização (5) Hiperônimo (6) Dado cultural (7) Repetição (8) Elipse |
ü CAtáfora
e Anáfora, dêiticos:
Reivindicamos isto:
moradia, saúde e educação. Catáfora
A presidente anunciou medidas que podem acalmar os ânimos. Anáfora
“O termo ‘dêixis’ é atualmente usado em linguística para referir a
função dos pronomes pessoais e demonstrativos, dos tempos e de uma variedade
de formas gramaticais e léxicas que relacionam enunciados com as coordenadas
espacio-temporais do ato de enunciar”, diz John Lyons ..............(pronomes
demonstrativos e advérbios)
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ü coesão
referencial:
Pronominalização, sejam os pronomes em questão retos,
oblíquos, demonstrativos, possessivos, relativos, indefinidos, de tratamento.
Processos de sinonímia, aí incluídos os hiperônimos, hipônimos e
casos de sinonímia contextual.
Elipse, ou seja, a própria supressão da
referência direta, por esta já estar óbvia no contexto.
Nominalização, ou seja, a utilização de um substantivo
que retoma, semanticamente, um verbo utilizado no texto.
Repetição parcial ou
integral do nome.
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ü Coesão
Sequencial:
1)
Relação de causalidade ou de explicação –
porque, uma vez que, visto que, já que, dado que, como, pois etc.
2)
Relação de condicionalidade –
se, caso, desde eu, contanto que, a menos que, sem que, salvo se, exceto se,
a não ser que, em caso de etc.
3)
Relação de temporalidade – quando,
enquanto, mal, logo que, antes que, depois que, assim que, sempre que, até
que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, à medida que, à proporção
que, etc.
4)
Relação de finalidade –
para, para que, a fim de, a fim de que, etc.
5)
Relação de alternância – ou, ou...ou,
ora...ora, seja..seja, quer...quer, etc.
6)
Relação de conformidade – conforme,
consoante, segundo, como, de acordo com, etc.
7)
Relação de adição – e, também, ainda,
não só...mas também, além de, nem, nem...nem, além do mais, ademais, etc.
8)
Relação de oposição – mas, porém,
contudo, entretanto, no entanto / embora, se bem que, ainda que, apesar de,
etc.
9)
Relação de conclusão –
logo, portanto, pois, por conseguinte, então, assim, etc.
10)
Relação de comparação – como, feito,
mais..do que, menos...do que, tanto...quanto, tal como, tal qual, etc.
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ü Exercícios:
“Vou ao mercado e já volto.” (ADIÇÃO)
“Não abra a porta para ninguém mesmo que a pessoa insista.”
(CONCESSÃO)
“E se for a felicidade?” (CONDIÇÃO)
(ENEM 2010)
O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte
marcação no meio campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre
os zagueiros rubro-negros.Mesmo com
mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de
chegar à área alvinegra por causa do bloqueio montado pelo Botafogo na frente
da sua área.
No entanto,
na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a
zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson
apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim
apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que em
cima da linha: Flamengo 1 a 0.
O texto que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de
futebol, realizado em 2009, contém vários conectivos, sendo que:
a) após é conectivo de causa, já que
apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça.
b) enquanto tem um significado alternativo uma
vez que conecta duas opções possíveis para serem aplicadas no jogo.
c) no entanto tem significado de tempo, porque
ordena os fatos observados no jogo em ordem cronológica de ocorrência.
d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com
mais posse de bola”, ter dificuldade não é algo naturalmente esperado.
e) por causa de indica consequência, porque as
tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio.
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Fontes: < http://soumaisenem.com.br/redacao/coesao-e-coerencia/tipos-de-coesao-sequencial-e-recorrencial-0>
<http://educacao.globo.com/portugues/assunto/usos-da-lingua/coesao-textual.html>
<http://sersibardari.com.br/wp-content/uploads/2011/08/A-fun%C3%A7%C3%A3o-dos-d%C3%AAiticos-na-organiza%C3%A7%C3%A3o-do-texto.pdf>
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