Talvez estas sejam algumas perguntas que perspassaram na mente de Fernando Antonio Nogueira Pessoa, ou simplesmente Fernando Pessoa.
Poeta de vários heterônimos (personalidades poéticas diferentes), tais como: Alberto Caeiro, Ricardo reis, Álvaro de Campos, Bernardo Soares e "ele" mesmo, o artista teve grande importância para a Literatura porguguesa e rendeu grande contribuição à nossa Literatura brasileira modernista.
Teve envolvimento com a "Hermetic Order Golden Dawn" , onde fez amizade com o bruxo, Aleister Crowley, este muito admirado por Paulo Coelho, o best-seller de nossas estantes brasileiras.
O heterônimo Ricardo Reis tem estreita relação com os ideais da escola literária conhecida como Arcadismo ou Neoclassicismo. Percebemos isso nas poesias abaixo:
-
Para ser grande, sê inteiro: nada
- Ricardo Reis, 14-2-1933
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
- .............................................
- Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.
- op. cit.
- Nota-se no texto 1, de início a crítica quanto à forma, do estilo Barroco, o dualismo/desequilíbrio do poeta seiscentista: "nada/ teu exagera ou exclui". Daí surge o equilíbrio, a "aurea mediocritas", do Arcadismo. No segundo texto, temos a referência aos deuses, característica neoclassicista (politeísmo dos mitos gregos). Percebemos também a teoria do relativismo, do sofista Protágoras, no trecho: "Nada se sabe, tudo se imagina", onde se explica a efemeridade da vida, e o estado de faltas de "verdades".
- Um abraço às turmas 1001 e 1003 do I.E., e para a aluna Justem um salva, pois à ela é que este artigo foi rendido, visto que ela sugeriu este tema.
- http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/t/tao_cedo_passa_tudo_poema
- http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/rreis/414.php
- Revista Discutindo Literatura. Ano 1, nº 2. Ed. Escala.
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