segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Fernando Pessoa

 Estava lendo uma revista (Discutindo Literatura), numa edição especial sobre este que é um dos maiores poetas portugueses. Muito interessante. Vou deixar aqui uma poesia dele:

Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúdica e rica,
E eu sou um mar de sargaço ---


Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.

        Fernando Pessoa, 13-9-1933

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